Uma vez convidei um casal muito amigo pra jantar lá em casa. Já os conhecia de longa data e tinha um contato bem próximo com eles. Íamos a churrascos juntos, sempre estávamos almoçando na casa dos pais dela, ou dele. Resolvi fazer uma torta de palmito pra acompanhar uma macarronada. Eu tinha poucos meses de casada e ainda não era familiarizada com a cozinha. Mas como eles eram muuuuito amigos, não me preocupei com isso.
Depois de alguns petiscos e tiragostos, servi o jantar. Qual não foi minha surpresa quando ele me disse:
-Putz! Eu não gosto de palmito! Desculpe mas não vou comer a torta, tudo bem?
Eu fiquei super sem graça, mas achei que nossa amizade estava acima disso. Durante o jantar a conversa também versou sobre pratos e comidas de que gostávamos ou não.
A noite foi bastante agradável e todos adoraram meu pudim de leite, que servi de sobremesa.
Passados alguns meses convidei esse mesmo casal pra outro jantar, e como eu já estava QUASE dominando as panelas, resolvi fazer um estrogonofe de frango (há mais de trinta anos esse prato era chic) acompanhado de arroz e batata palha feitos por mim.
Depois de outros petiscos e outros tiragostos servi o jantar.
Adivinhem...
-Putz! Não acredito, eu não gosto de frango!
-Mas da outra vez, quando falamos do que gostávamos ou não, você não disse que não gostava de frango!
-Acho que esqueci de falar.
-Então coma o arroz e as batatas. Pronto.
Pra jantar...nunca mais.
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