28 de fevereiro de 2010

Coisas de mãe

Tenho uma afinidade incrível com minhas filhas e elas comigo. E elas entre elas.
Sabe aquele negócio de ligar pra pessoa justo no dia em que aconteceu algo de muito bom? Ou quando aconteceu algo que aborreceu muito? Bem, é isso.
Nesta semana, duas de minhas filhas viajaram pro exterior. A mais velha preferida rumou pra Los Angeles pra fazer um intensivão de 4 dias de body talk. Saiu na quinta-feira pra voltar na terça. Nada como ter 31.
A filha caçula preferida rumou pra Buenos Aires pra curtir as merecidas férias, depois de um ano de muito trabalho e universidade à noite.
Mas ontem, eu estava ansiosa e sentia necessidade de saber delas.
Quando assisti ao jornal na hora do almoço, soube do terremoto no Chile. Tudo bem que Argentina é um país e Chile outro, mas é tudo ali óó...
E qual não foi minha surpresa quando, depois de 7 dias mantendo contato só por internet, a danadinha me liga e diz: "Quis falar com você pra dizer que tá tudo ótimo por aqui".
À tarde, sem nada pra fazer, me escarrapachei no sofá e assisti ao absurdo filme VOLCANO. E qual a história? Um vulcão que emerge dos confins de...Los Angeles.
Eu sabia que era ficção, mas a vontade de saber da filhota estava me incomodando.
E o telefone tocou com o genro querido dizendo que tinha acabado de falar com ela e que ela estava ótima.
Afinidade? Sintonia? Transmissão de pensamento? Sei lá. Mas que tem, tem.

27 de fevereiro de 2010

Se fosse possível

Quisera poder abrir os olhos e ter por perto as filhas que longe estão.
Quisera encontrar por aí as emoções que tanta falta me fazem.
Quisera acordar de manhã e constatar que tenho pela frente o dia que desejei.
Quisera abrir o peito e arrancar de lá o sentimento que me consome.
Quisera ser feliz.

6 de fevereiro de 2010

A 3ª idade

Existem duas formas de se chegar à 3ª idade: bem ou mal.
Achar que a vida não tem mais sentido, não ter vontade de fazer nada, acordar tarde, tomar um balde de café, sentar ou deitar no sofá e assistir tv até o sol se deitar e dormir, é chegar mal nessa etapa da vida. Não se alimentar bem, não ter uma atividade ou um animalzinho pra cuidar , não ter plantas pra regar. Não sair pra lugar nenhum. Isso é se entregar. Conheço uma senhora de 82 anos que age dessa forma há pelo menos dez anos.
Mas é possível também continuar gostando de viver. Cuidar de passarinhos, fazer caminhada, continuar vaidosa, ter prazer em cozinhar, sair pra ir a um shopping. Receber visitas, fazer um bolo gostoso, ouvir música e assobiar. Fazer palavras cruzadas e jogar paciência. Regar as plantas e o jardim às 11:00 da noite pra amenizar o calor é só uma desculpa pra conversar com as plantinhas mais uma vez. Minha mãezinha completou 85 anos e é assim.
Chegar à 3ª idade dessa forma é ter sabedoria. A saúde fica mais frágil, o cansaço é maior. Mas o grande lance é não esmorecer, não se entregar e se cuidar. Muito e sempre.
Espero chegar lá como minha mãe.

1 de fevereiro de 2010

AQUI OU LÁ (a escolha é nossa)

Existem pessoas que pensam ter o direito de magoar, humilhar e desprezar seu semelhante.
Pessoas que acreditam que são melhores que os outros, que podem mais.
O que elas não sabem é que o semelhante que se permite esse desprezo ou essa humilhação, é infinitamente mais poderoso e até mais sábio, pois sabe que o outro é um fraco.
Pessoas que se acham melhores ou mais poderosas são espiritualmente subdesenvolvidas, são infelizes sem admitir e são de uma pequenez de caráter!!!
Para aquelas que conseguem perceber seu erro e corrigi-lo a tempo, meus mais sinceros PARABENS!
Para todas as outras que terão que prestar contas depois... eu só lamento!!!

Publicado em 04/07/08 no 'umdia'. E ainda tão atual!

...e voltas...

A vida dá voltas, e voltas, e voltas.
E eu tenho conseguido não parar no mesmo lugar.