26 de maio de 2010

Ceviche equatoriano ou sanduba - Postagem Temática

Neste fim de semana cheguei à conclusão que casamento é como comida.
Um casamento começa com todos os ingredientes necessários pra fazermos pratos saborosos, mas nem sempre a combinação fica boa.
O início de um casamento tem o sabor de um delicioso fondue de queijo, ou uma bacalhoada que só a mãezinha com um pé em Portugal sabe fazer, ou uma cascata de chocolate.
Se conseguirmos manter a temperatura correta do queijo, se os legumes tiverem sido cozidos até o ponto ideal e a baguete estiver bem fresquinha, podemos ficar uma noite inteira saboreando essa delícia. E a cascata de chocolate, então! Frutas cortadas com esmero e o chocolate na temperatura certa. Tem casamento melhor que esse?
Acontece que, com o passar dos anos, já não nos preocupamos muito em comprar legumes da melhor qualidade, ou escolher os melhores queijos, sequer nos lembramos de comprar o vinho branco que mais combine com esse prato. O bacalhau pode ser o desfiadinho mesmo. E a cascata...comemos o chocolate sem derreter, em quadradinhos. Afinal, quem vai notar, né?
E de repente, percebemos que estamos comendo o mesmo prato requentado no micro-ondas há anos, sem nem sequer acrescentar uma especiaria diferente, um azeite com sabor diferenciado. Essa gororoba que nem sabemos mais de que é feita, só serve pra nos matar a fome. Mas só.
Não quero mais arroz com feijão. Quero uma costela com molho barbecue à la Outback ou um magnífico ceviche equatoriano, pra se comer com pipocas e um vinho branco top de linha.
E o bom de tudo é que sei fazer o melhor ceviche equatoriano do lado de baixo do Equador. (Desculpem, mas aqui não cabe modéstia.)
Se não for pra ter do melhor, então que seja só um sanduba, que não dá trabalho, nem suja louça. Mas enche barriga.

Este post faz parte de um projeto de Rafael Gloria, do "Blog Sintonizados" , e teve como tema: "casamento"

23 de maio de 2010

Sou o quê?

Sou a rocha, que permanece firme com a passagem do vento.
Sou o vento que revolve a água.
Sou a água que se esvai entre os dedos e corre pro mar.
Sou o mar poderoso que castiga a rocha que permanece firme com a passagem do vento que revolve a água.

Sou a filha antes de ser a mãe que, às vezes, só se sente filha.
Filha da mãe que tão longe está. Mãe das filhas que tão longe estão.

Posso ser a rocha, o vento, a água, o mar.
Sem a mãe, e sem as filhas não sou nada.